Defesa Civil e Cruz Vermelha

Defesa Civil e Cruz Vermelha
Prefeitura de Lajeado-RS

ATA 02/2012 - reunião ordinária -Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas



ATA 02/2012
Aos vinte e quatro dias do mês de fevereiro de dois mil e doze, às nove horas e trinta minutos, no Auditório Itália, no Centro Administrativo, em Encantado, reuniu-se, em reunião ordinária, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas, com 20 (vinte) membros titulares, 4 (quatro) membros suplentes em posição de titular e 10 (dez) membros suplentes, além de convidados e ouvintes, conforme segue: GRUPO I – USUÁRIOS DA ÁGUA - Categoria: Abastecimento Público: SAMAE Caxias do Sul – Tiago de Vargas; SAMAE - Caxias do Sul – Gilberto de Oliveira Ramos; Prefeitura Municipal de Taquari – Irineu Emílio Atikinson; União Encantadense de Socidades da Água – UESA – Marciano Gabirotti. Categoria: Esgotamento Sanitário, Drenagem, Gestão Urbana e Ambiental: SAMAE – Caxias do Sul – Renivo Girardi; Prefeitura Municipal de Marau – Denize Maria Borella; CORSAN - Companhia Riograndense de Saneamento - Farroupilha- Gelso Molon; Prefeitura Municipal de Estrela – Ângela Schossler; Prefeitura Municipal de Farroupilha – Vladimir Gasparin; Prefeitura Municipal de Lajeado – Simone Beatris Schneider. Categoria: Geração de Energia: Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia Ltda – CERTEL - Julio Cesar Salecker; Vêneto Energética S/A – Karim Weber de Freitas; Companhia Energética Rio das Antas - Maria Angela Damian. Categoria: Produção Rural: Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado – Lauro Baum; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Encantado – Gilberto Zanatta; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Estrela – Lécio Antônio Gregory. Categoria: Indústria: SICEPOT – Maicon Roberto Rizzon, CIC Garibaldi – Giovani Dresch. Categoria Navegação e Mineração: SMARJA – Nestor Halmenschlager. Categoria: Esporte, Lazer E Turismo: não houve representação. GRUPO II – REPRESENTANTES DA POPULAÇÃO - Categoria: Legislativos Municipais: Câmara Municipal de Vereadores de Garibaldi – Jorge Alberton; Câmara Municipal de Vereadores de Guaporé – Ademir Damo; Câmara Municipal de Vereadores de Taquari – Jairo Guaragni. Categoria: Associações Comunitárias e Clubes de Serviços Comunitários: Rotary Club de Taquari – Elisabeth Lisboa Souza; Associação dos Ex-Bolsistas da Alemanha – Ênio Costa Hausen. Categoria: Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão: Universidade de Caxias do Sul – UCS - Daniel Schmitz; Faculdade de Tecnologia La Salle – Tamara Bianca Horn EMATER – Wilson Bossle; Univates – Everaldo Ferreira; IFRS Campus Bento Gonçalves – Rodrigo O Câmara Monteiro. Categoria: Organizações Ambientais: Associação Ecológica Vida e meio Ambiente - VIME – Ana Maria Postal. Categoria: Associações de Profissionais: não houve representação. Categoria: Organizações Sindicais: não houve representação. III – GRUPO DOS REPRESENTANTES DO GOVERNO ESTADUAL E FEDERAL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente – Tiago Brasil Loch e Daniel Vilasboas Slomp; Secretaria de Estado da Educação – Regiane Mallmann. IV – GRUPO ESPECIAL - METROPLAN – Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional - Shirley Nielsen. Justificaram antecipadamente sua falta os seguintes membros: Mary Simone de Vargas Rosa – Prefeitura Municipal de Triunfo; Maristela Sarzi de Almeida – Prefeitura Municipal de Triunfo; Raimundo Bampi – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul; Margarete Bender – CIC Caxias do Sul; ATUASERRA – Beatris Paulus e Juliano Rodrigues Gimenez - ABES/RS. A referida reunião ocorre conforme convocação em circular externa n°02/2012, de 10 de fevereiro do corrente. 1) Leitura e Aprovação da Ata 10/11: Inicialmente o Presidente Daniel Schmitz, agradeceu a Prefeitura de Encantado, a qual cedeu o local e recursos necessários para a realização da reunião, agradeceu também a presença dos membros que se empenham em comparecer as reuniões mensais, citou ainda a presença do senhor Major Álvaro Medeiros da Brigada Militar; do senhor André Boeri, Secretário de Agricultura de Encantado; do senhor Paulo Rodrigues, EMATER Regional; do senhor Júlio Medeiros, CIC de Encantado e da imprensa em geral, que tem dado apoio fundamental na divulgação das atividades e debates realizados pelo Comitê. Na sequência a ata foi aprovada após alterações de texto e inclusão do senhor Renivo Girardi na relação dos membros presentes, com 23 votos a favor e 2 abstenções. 2) Apresentação e Deliberação acerca do Diagnóstico Ambiental da Bacia Taquari-Antas: diretrizes regionais para o licenciamento ambiental das hidrelétricas, efetivado pela FEPAM em 2001: o senhor presidente, Daniel Schmitz - UCS, explicou que este assunto foi sugerido pela CPA para ser pauta na reunião ordinária do Comitê, conforme consta no ofício 05/2012. A referida Comissão sugere a pauta após ter se reunido no dia 07/02/2012, onde o tema principal foi a geração de energia. O início do processo de construção do documento do Diagnóstico Ambiental da Bacia se dá pela Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, que fez avaliações do potencial hidroelétrico da Bacia e determinou que havia, no início dos anos 90, 70 possíveis pontos para empreendimentos hidroelétricos. Após, a FEPAM busca o referido relatório, amplia e reavalia os pontos citados, criando assim o Diagnóstico Ambiental, em 2001. Tal relatório foi apresentado pela FEPAM ao Comitê, que até então, não havia deliberado sobre o tema. Os 56 possíveis pontos para empreendimentos hidroelétricos identificados no relatório e as informações adicionais são usadas para balizar as liberações dos empreendimentos. Atualmente, está sendo feito um novo estudo pela FEPAM, mas que não está pronto e por isso não pode ser considerado como diagnóstico. Referente ao reestudo, o senhor Daniel disse que as informações contidas nele poderão fazer parte do Plano de Bacia, após apresentação, avaliação e aprovação da plenária. A senhora Ana Postal-VIME, contribuiu dizendo que deveríamos ter um estudo com dados mais atualizados, pois a veracidade das informações está comprometida, em resposta o senhor Daniel Schmitz, disse que não temos essas informações mais atualizadas e que a plenária terá que considerar o que existe até então. Iniciando a apresentação o senhor Daniel Schmitz explicou que este diagnóstico possui diretrizes para liberação e construção das hidroelétricas e surgiu como norteador no avanço desses projetos, neste contexto os Comitês de Bacias eram consultados sobre a viabilidade desses empreendimentos, a partir disto tornou-se um processo pioneiro no Brasil e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) fez deste, o modelo padrão para o país, como exemplo na Gestão Regional de Empreendimentos. Os objetivos da elaboração deste estudo é identificar as características da Bacia, indicando os pontos em que sofreria maior degradação com a construção das usinas e propor medidas para minimizar ou compensar os impactos ambientais identificados. O diagnóstico Ambiental, ocorreu em etapas, o processo de levantamento de dados existentes e seleção dos critérios ambientais são muito importantes, pois identificaram quais variáveis seriam consideradas mais suscetíveis aos impactos diretos da implantação dos empreendimentos. A identificação de áreas críticas, onde estabeleceu áreas mais frágeis em relação aos impactos mais significativos decorrentes das hidroelétricas, que são ecossistemas terrestres e a ictiofauna; foram realizadas avaliações no habitat aquático, para identificar as perdas diretas e indiretas que este ecossistema terá devido a redução da extensão do rio, após foi elaborado um Mapa Síntese de Criticidade Ambiental da Bacia, onde estão configuradas as áreas de maior criticidade e, portanto, as mais inadequadas para implantação dos empreendimentos, e por último foi realizada a identificação do potencial de impacto das UHEs que podem ser classificadas como de baixo impacto, médio impacto e alto impacto. Após, foram apresentados o resultado dos estudos e pesquisa sobre a implantação de hidroelétricas e os impactos que podem causar aos diversos ecossistemas existentes na região da Bacia. Para que aconteça o licenciamento ambiental destes empreendimentos, existem diversas diretrizes que orientam o processo, referem-se entre outros, à proteção, a conservação, a recomposição, o monitoramento dos habitats do reservatório que sofrem degradação em função da atividade que será realizada no local. As diretrizes para a conservação da qualidade ambiental da bacia também visam proteger a biota aquática e terrestre e promover a qualidade da água, a manutenção dos usos antrópicos, a reserva da biosfera da Mata Atlântica. O senhor presidente, disse ainda que a decisão acerca do uso deste diagnóstico como o indicado pelo Comitê será, posteriormente, encaminhado ao Conselho de Recursos Hídricos, para servir de base às outorgas dos empreendimentos. Aberto espaço para manifestações, a senhora Ana Postal – VIME, disse que teria de haver um estudo complementar sobre situação atual dos rios, para analisar se ainda possuem capacidade de produção energia elétrica, tendo em vista que desde a elaboração do estudo até agora, os rios podem ter sofrido alguma alteração, comprometendo assim a continuidade dos empreendimentos. Em resposta, o senhor Daniel Schmitz disse que o diagnóstico do Plano de Bacia sobre este tema está pronto, sobre a atualização dos dados ambientais não compete ao Comitê, porém se necessário, pode ser sugerido que sejam revistos ou monitorados. O senhor Júlio Salecker – CERTEL, complementou dizendo que o estudo realizado pela FEPAM, levou emconsideração a área que abrange o rio Guaporé em direção as suas nascentes, a parte baixa não foi estudado, pois não possuía o inventário hidroelétrico do trecho. Sobre a situação do rios, o mesmo disse que o inventário construído pela CEEE em 1993 considerou diversas características necessárias para a implementação de hidroelétricas e dificilmente estas características se alteram, salvo em casos extremos. O senhor Gilberto Zanatta – STR Encantado, disse que apresentação foi realizada e o estudo está concluído, possibilitando que todos tenham uma base sobre o assunto e não se baseiem em questões possíveis, disse ainda que o Comitê deveria se manifestar mais sobre este assunto. Na sequência, o senhor Wilson Bossle – EMATER, disse que pelo fato deste estudo ser muito extenso, é necessário estabelecer as partes que interessam a todos, para evitar conflitos de interesses, deve-se levar em consideração o que é melhor para a sociedade e a partir disto o Comitê deliberar sobre o assunto. O senhor Daniel comentou sobre a importância deliberação deste estudo nesta reunião, para que no Plano de Bacia já esteja informado este documento, que delimita a construção de hidroelétricas. O senhor Júlio Medeiros - ACI de Encantado, contribuiu dizendo que este diagnóstico é um assunto muito importante, sugeriu que poderia ser aprovado em outra ocasião, para que os membros pudessem ter maior conhecimento sobre o assunto e poder deliberar a respeito. Em resposta, o senhor Daniel disse que este documento está disponível desde 2001 para conhecimento e que não há tempo hábil para esperar um novo estudo e importá-lo para dentro do Plano de Bacia Taquari-Antas. Destacou ainda, a importância de ter no referido Plano este estudo, que regula as concessões dos empreendimentos hidroelétricos. O senhor Tiago – DRH, explicou que o processo de liberação de empreendimentos só chegam na fase de outorgas após concedida a licença pelo órgão ambiental, sendo assim, a FEPAM através deste estudo libera os licenciamentos, que por sua vez chegam na fase de outorga e são ratificados pelo DRH. O senhor Everaldo – UNIVATES, complementou dizendo que teve a oportunidade de acompanhar a elaboração do documento, lendo e avaliando tecnicamente, concordou com a importância de aprovar este estudo, mesmo tendo algumas divergências, pois é balizador para as liberações e ainda contribuirá para que as concessões não aumentem. Colocado em votação o estudo realizado pela FEPAM em 2001, para ser balizador dos licenciamentos ambientais, do diagnóstico do Plano de Bacia Taquari-Antas e definição de outorgas de empreendimentos hidroelétricos. Foi aprovado com 22 (vinte e dois) votos a favor da aprovação e 1 (uma) abstenção. 3) Apresentação do Prognóstico e Balanço Hídrico do Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas: o senhor Augusto - STE, explicou que a Etapa A encerra nesta data com a apresentação do Relatório Técnico III , após, será desenvolvida a etapa B que serão as Consultas Públicas de Enquadramento. A referida apresentação é a complementação do Relatório Técnico II, onde basicamente trata dos resultados obtidos através do monitoramento da qualidade da água, disponibilidade e demanda hídrica, prognóstico das demandas de água e balanço hídrico. O senhor Lauro - STE , exibiu os pontos onde foram realizados os monitoramentos, que são os da FEPAM, CERAN, CERTEL, SAMAE, os sugeridos pelo Plano de Bacia, e, ao final, foram incorporados 18 novos pontos da rede da CORSAN. Através destes estudos, pode-se definir que os principais elementos que que contribuem para a baixa qualidade da água são o fósforo, DBO, coliformes e em alguns pontos, o oxigênio dissolvido. Dentre todos, o fósforo é o elemento mais presente em termos de possibilidade, pois é proveniente de diversas atividades no dia a dia; outro elemento encontrado e que não faz parte da resolução do CONAMA, é o DQO, a presença desta substância dentro do corpo hídrico está associado principalmente a atividade industrial, conforme explicado. Esta informação foi obtida através do monitoramento dos pontos nas sub-bacias que apresentam maior processo industrial e apontaram também maior concentração de DQO. Apresentou ainda, o mapa dos usos múltiplos e a classificação atual da qualidade da água das sub-bacias segundo Resolução do CONAMA. Os dados sobre a disponibilidade hídrica, foi determinada através dos pontos de monitoramento das estações fluviométricas que estão distribuídas ao longo de toda bacia do Taquari-Antas, esta foi dividida em 32 sub-bacias, onde todas tiveram de passar pelo processo de regionalização de vazões médias diárias decorrentes do monitoramento, após foi possível chegar aos parâmetros estatísticos e identificar a probabilidade de cada vazão no período de análise, onde foram apontados quatro parâmetros: as vazões médias, vazões com 95% de probabilidade de ocorrência de serem superadas, vazões com 90% de probabilidade ocorrência de serem superadas e vazões com 85% de probabilidade ocorrência de serem superadas, foi também comparado com o parâmetro utilizado pela FEPAM. Juntamente com este estudo, foi possível a identificação por imagem de satélite de 2.122 açudes dentro da Bacia, ressaltou a dificuldade de obter dados, tendo em vista, que apenas 29 açudes possuem outorga junto a FEPAM, foi realizado uma análise da possibilidade de profundidade dos açudes, para que atendessem a demanda para as diversas atividades na Bacia. O estudo apontou que a profundidade média necessária é de 1,2 metros em cada açude, isso significa um potencial de 127 pontos de água que atenderiam as 23 mil hectares de área irrigada. Já o Balanço hídrico foi construído através do cruzamento dos dados de cada sub-bacia, ou seja, as disponibilidades e demandas hídricas. Explicou que existe um fator chamado ICH (Índice de Comprometimento Hídrico) da região, este foi calculado conforme a demanda da indústria, abastecimento público, agricultura, fornecimento urbano e rural entre outros; para melhor entendimento foram organizados em cinco classes: comprometimento muito baixo, baixo, médio, elevado e crítico, onde pode-se identificar que atualmente as sub-bacias de cabeceira possuem maior comprometimento hídrico devido a atividades industriais, falta de saneamento, irrigação, pecuária entre outros. Através do estudo de Balanço Hídrico, verificou-se que o ICH atinge nível crítico de comprometimento no mês de janeiro onde aumenta a demanda, porém é período de maior estiagem. Também foram conhecidas as sub-bacias que mais enfrentam o problema na sua disponibilidade hídrica: Baixo Taquari, Rio Tega, Rio Taquari-Mirim, Arroio Castelhano, Arroio Sampaio/Estrela. Dentro destas, foram analisadas ainda a vazão de referência, que apontou a quantidade hídrica necessária para suprir toda a demanda existente nessas regiões nos meses de janeiro à março, onde destacou que quanto maior a vazão de referência, maior também será a probabilidade de não ter água disponível. O prognóstico dos usos da água apresentado pelo senhor Antônio Lanna – STE, onde o cenário aplicado ao Plano de Bacia foi o utilizado pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos, tendo em vista, a necessidade de realização de um comparativo de um cenário da Bacia com o cenário do Rio Grande do Sul, Brasil e Mundo. Dentro deste cenário foram apresentados quadros comparativos sobre três temas: Abastecimento, onde foram consideradas os percentuais de demandas considerando o aumento da população e indústrias juntamente foram analisadas a demanda hídrica animal, sendo que no Rio Grande do Sul chega a 85 Lit./dia, no Brasil 65 Lit./dia e no Mundo 45 Lit./dia. Na sequência, a Irrigação também foi analisada o percentual de tendência de variação nas áreas plantadas, usando o exemplo do cultivo de arroz e outras culturas. Sobre a geração de energia, foram indicados a quantidade percentual de poluentes lançados no meio hídrico, sejam eles, provenientes de esgotamento sanitário, efluentes industriais e animais. Após foram apresentados os mapas onde indicam o ICH para o ano de 2030 nos três cenários, que por sua vez apresentam maior índice nas sub-bacias de cabeceiras, variando suas demandas para o cultivo de batatas, arroz e irrigação. Na seqüência, foi apresentado o prognóstico da hidroeletricidade, onde se pode ter conhecimento das hidroelétricas já existentes e das que manifestaram intenção de uso. Conforme apontado pelo relatório, estes empreendimentos tendem a ter uma diminuição de crescimento, pois futuramente enfrentarão maiores restrições dos órgãos ambientais. Na sequência, foi apresentado o Prognóstico da Conservação da Biodiversidade, onde foram citados diversos documentos que foram utilizados e que serão fundamentais na próxima fase onde serão discutidos o enquadramento e as demandas da qualidade da água, compartilhando com todos estes estudo e propostas que estão sendo apresentadas, ainda foi apresentado o mapa indicativo das unidades de conservação, onde foram apresentados os balizamentos para confrontar com a proposta de enquadramento que será elaborado a partir de agora. Após a apresentação, deu-se início aos debates, o senhor Lécio Gregory – STR Estrela contestou o dado de 85 litros de água gastos por cabeça de suíno, dizendo que este valor muito alto e que os dados fornecidos pela EMBRAPA são menores, sugeriu que fossem revistos, pois há a possibilidade do dado correto ser 8,5 litros por cabeça de suíno. O senhor Gilberto Zanatta – STR Encantado ratificou o que já havia sido dito pelo senhor Lécio, explicou que os gastos com a água são mínimos para a evacuação dos dejetos e tratamentos em geral, a limpeza das instalações não é mais realizada. Sugeriu que fossem revistos os dados fornecidos pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH), o senhor Augusto – STE, respondeu que conforme disponibilizado no site do PERH, não consta as informações que levaram a este resultado. O senhor Lanna - STE sugeriu que este assunto fosse levado à Comissão de Acompanhamento onde os dados atuais seriam apresentados, e posteriormente decididos e aprovados pela comissão. O senhor Tiago - DRH, disse que para as questões referentes ao Plano, são usados somente dados oficiais, como o do PERH. A senhora Cláudia - STE sugeriu que a comissão encaminhe uma memória de cálculo para alterar o dado de demanda hídrica para o tratamento de suínos. Conforme informado pela mesma, foi solicitada ao PERH a memória de cálculo, porém não foi recebido. O senhor Gilberto e Lécio - STR ressaltaram a importância do dado estar correto, pois este implicará no aumento de valor na cobrança pelo uso da água na pecuária. O senhor Júlio - Certel, disse que atualmente os dados apresentados pelo PERH não estão aprovados. O senhor Lanna sugeriu que o Departamento de Recursos Hídricos (DRH) realizasse o cadastramento de açudes nas áreas mais críticas, pois isto proporcionaria ter os dados de cada um para ter o monitoramento real das águas. O senhor Daniel Vilasboas - SEMA, ainda sobre a questão dos açudes, disse que os licenciamentos destes, em algumas regiões, são realizados pelos próprios municípios e não pelo Estado, porém a maioria ainda não possui cadastro. O senhor Augusto - STE, disse que no Relatório Técnico III existe um comentário sobre a questão da suinocultura, onde considera este valor para animais em fase de lactação. A senhora Cláudia - STE, disse que o fato do Plano ter um dado aparentemente destorcido, não quer dizer que não tenha credibilidade, ressaltou ainda que em outras regiões estes estudos são realizados em condições muito piores. Irão rever o número da suinocultura, após a solicitação encaminhada pela categoria para que os encaminhamentos sejam feitos no âmbito do RS. Referente aos apontamentos feitos pelos membros, disse que existem no Relatório 40 páginas destinadas especificamente aos comentários mapeados, servindo assim de retorno, do que foi incorporado ao Relatório. Por último, será agendada uma reunião da Comissão de acompanhamento para tratar sobre a questão dos dados dos suínos. 4) Metodologia das Consulta Públicas: a senhora Cláudia – STE, explicou que a Comissão de Acompanhamento tentou se reunir na semana anterior a esta reunião para debater sobre as consultas, porém não foi possível. Sobre o cronograma das consultas públicas, disse que existe uma proposição, porém, esta terá de ser aprovada pela Comissão Acompanhamento, primeiramente explicou que a consulta é a aberta a toda comunidade, no entanto, sugeriu que fosse realizado um cadastro das pessoas na entrada e um cadastro de habilitação para votar, para isto será levado em consideração os mesmos critérios usados na votação eleitoral (idade mínima, documentação e etc.). Outro ponto importante é da presença de representantes do Estado, é necessário fazer uma apresentação do conteúdo a ser votado de forma clara para as pessoas compreenderem o processo, após dar oportunidade para se manifestarem sobre suas dúvidas ou colocações, depois dos devidos esclarecimentos, o público estará apto a realizar suas intenções de uso. As intenções, serão realizadas com um grande mapa onde estarão detalhadas as subbacias e a hidrografia, e a população por sua vez, poderá colar as etiquetas com o os usos desejados no mapa, serão possíveis no máximo cinco etiquetas por pessoa para a votação. Para cada consulta pública será confeccionado um mapa para colagem das etiquetas, posteriormente serão todos fotografados, recolhidas as etiquetas e processados os votos. A senhora Cláudia - STE sugeriu que posteriormente a realização das consultas públicas, as categorias tivessem a oportunidade de fazerem o seu mapa, formando um conjunto de usos que entendam como apropriado. Após o término da explanação, foi aberto espaço para debates. A senhora Ana Postal – VIME salientou a importância das informações serem passadas da maneira mais clara, não colocar na apresentação temas que a população terá dificuldade de compreender. O senhor Wilson Bossle – EMATER manifestou apoio à ideia de fazer mapas para as comissões separadamente. Ainda sobre as consultas, a senhor a Cláudia informou que os eleitores poderão votar em qualquer uso e até mesmo podem repetir, também, poderão indicar os usos desejados em qualquer lugar da bacia, independente de onde residirem. O senhorDaniel questionou junto à plenária quantos usos os eleitores poderiam votar, conforme consenso que será levado a Comissão de Acompanhamento, a sugestão foi de cinco votos. Após encerrado os esclarecimentos, agradeceu aos técnicos da empresa STE pelo esforço e dedicação em realizar os Relatórios. A reunião no mês de março provavelmente não acontecerá devido ao processo de Consulta Pública que se estenderá durante o mês, a data da próxima reunião será posteriormente avisada pela Secretaria Executiva. Nada mais havendo a constar, lavro a presente ata, que será apresentada para aprovação na próxima reunião a ser definido.
Lajeado, 24 de fevereiro de 2012.

Daniel Schmitz
Presidente 

Cíntia Agostini
Secretária Executiva

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