Defesa Civil e Cruz Vermelha

Defesa Civil e Cruz Vermelha
Prefeitura de Lajeado-RS

Corredor Ecológico - Rio Taquari

Uma iniciativa que serve de exemplo:

Com o passar dos anos e o crescimento da economia, as árvores nativas às margens do Rio Taquari perderam espaço para lavouras e pastagens.

O cenário que por décadas significou progresso, hoje está vinculado a problemas como a erosão das ribanceiras, o que ocasiona situações corriqueiras, como os alagamentos e assoreamento do leito do manancial.

Para tentar reverter esse quadro, surgiu em 2001 um esforço conjunto entre diversas entidades com o objetivo de criar uma espécie de corredor ecológico ao longo do curso d’água.

Ontem, a iniciativa que conta com o apoio de entidades e instituições como Ministério Público de Estrela, Prefeitura Municipal, Emater/RS-Ascar, sindicatos rurais e Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), foi apresentada como exemplo positivo na reunião, em Estrela, do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari Antas.

Para o presidente do comitê, o professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS) Daniel Schmitz, qualquer iniciativa que vise a recuperação da qualidade dos rios é bem-vinda.
“Os problemas ambientais estão aí e o Poder Público, de uma forma geral, está se mostrando interessado em resolvê-los, mesmo que seja pela imposição legal”, analisa.

E foi justamente por uma imposição legal que a idéia do Corredor Ecológico surgiu.

Segundo a promotora de Justiça, Mônica Maranghelli de Avila, o programa teve início em 2001, quando foi instaurado um inquérito civil na Promotoria de Justiça Especializada de Estrela para investigar a necessidade de recuperação das ribanceiras nas cidades que integram a comarca, em extensão de mais 14 quilômetros.

Na época, estudos preliminares foram feitos por técnicos da Univates, Emater e do Defap.

Baseado nos resultados, o MP firmou um termo de ajustamento de conduta com Bom Retiro do Sul, Colinas e Estrela, os quais tiveram de apresentar levantamento de todos os proprietários e moradores das margens do Rio Taquari.

Perspectiva:

Segundo a secretária de Meio Ambiente de Estrela, Ângela Schossler, até o momento, de um total estimado de 300 proprietários de terras ribeirinhas ao Taquari, 41 já foram incluídos no projeto do Corredor Ecológico.

Em dez propriedades as mudas já foram plantadas.

“Nossa intenção é firmar no próximo ano o termo de ajustamento com todos os proprietários de terras e executar efetivamente o projeto em boa parte das áreas”, projeta.

A promotora de Justiça salienta que para aderir à iniciativa basta boa vontade. “Quem se propõe a participar recebe as mudas de empresas parceiras, além do projeto ser formulado pela prefeitura”, destaca Mônica
.

Rádio Alto Taquari emite “Nota de Agradecimento” para Aepan-ONG

Rádio Alto Taquari emite “Nota de Agradecimento” para Aepan-ONG:

A Rádio Alto Taquari, vem por meio desta, agradecer a sua colaboração na cobertura da enchente dos dias 26 e 27 do mês de outubro de 2008.

A qualidade e a credibilidade das informações foram muito importantes nesta prestação de serviços à comunidade.

A repercussão positiva deste trabalho estamos compartilhando como Vocês.

ATT. Central de Jornalismo da Rádio Alto Taquari

Jairo Labres
Gerente Geral

Luis Fernando Wagner
Coordenador de Jornalismo


Nota da Aepan-ONG retribui agradecimento:

Agradecemos a Rádio Alto Taquari de Estrela pela oportunidade que propiciou aos ambientalistas da Aepan-ONG, Airton Engster dos Santos e Jorge Scherer de participação na cobertura da cheia do Rio Taquari em outubro de 2008, quando informações de significativa relevância foram levadas às pessoas em situação de grande risco.

Destacamos que o nível dos profissionais da emissora também fez a diferença para repercussão altamente positiva de todo trabalho realizado.

Na verdade a Rádio Alto Taquari é uma emissora que possuí uma vida a serviço da comunidade regional.

Muito Obrigado Sr. Jairo Labres Gerente Geral, Luis Fernando Wagner - Coordenador de Jornalismo e equipe que trabalhou na cobertura da enchente do Rio Taquari.

Direção Aepan-ONG

Amazônia

CARTA DA FLORESTA
Os Escritores e demais participantes do Festival Internacional da Floresta- FLIFLORESTA, reunidos em Manaus, capital do Amazonas, de 17 a 22 de novembro de 2.008, elaboraram esta CARTA DA FLORESTA, que expressa sentimentos, preocupações e compromissos em relação ao presente a ao futuro da Amazônia e das suas populações.
A Amazônia pela sua complexidade e importância para o futuro da Terra, ocupa o centro das preocupações e debates sobre a vida no planeta. Estudá-la, compreendê-la e defendê-la da ação predatória de certos modelos de desenvolvimento é uma responsabilidade de todos os cidadãos que fazem a história da nação brasileira. É tarefa dos homens e mulheres comprometidoscom a vida, com a construção de um mundo melhor e com a esperança. Daqueles que crêem na utopia e na realização do sonho de edificação de uma terra sem males. Ciosos do significado que a pátria das águas , das florestas e da magia - a nossa Amazônia-tem para a continuidade da vida, afirmamos nosso compromisso de defendê-la e empreender esforços para promover iniciativas capazes de preservá-la como espaço vital do ser humano, dos bichos, das plantas, das águas, dos passarinhos. De todos os seres, inclusive os encantados. E por compreendermos que todos têm direito à vida, comprometemo-nos com a vida e os habitantes da terra de Ajuricaba - herói da Amazônia e personificação dos homens e mulheres de boa vontade que lutam por um futuro generoso, justo e melhor para todos.
1 - que a Amazônia brasileira pertence ao povo brasileiro, que por meio de suas instituições, deve agir para protegê-la em benefício das suas populações e da humanidade;
2 - que países amazônicos devem agir com precaução mútua, para proteger seus ecosistemas em benefício das suas populações e humanidade;
3 - que as intervenções sociais, econômicas e políticas para a Amazônia, quando necessárias, partam das necessidades e valores das suas populações, e não de interesses que se superponham a essa peculiaridade;
4 - que a Amazônia seja compreendida como múltiplos e complexos sistemas biológicos e culturais, cuja interdependência não pode ser negligenciada em prejuízo do ambiente e das suas populações.
5 - que as decisões de políticas públicas e outras formas de interveção na natureza e no ambiente social, quando necessários, se efetivem por meio de diálogo entre conhecimento, tecnologia e os saberes tradicionais dos povos amazônicos;
6 - que as culturas amazônicas, nas suas mais variadas manifestações de criatividade e saber, sejam sempre reconhecidas como produção intelectual indissociavel dos seus produtores indiviuais ou coletivos;
7 - que se expresse o repúdio, de forma imediata e enérgica, a qualquer forma de preconceitos e de vontade de subjugar os povos da Amazônia;
8 - que os governos dos países amazônicos empreendam ações conjuntamente para assegurar os deslocamentos culturais das populações tradicionais que vivem nas regiões fronteiriças, para que as suas terras tenham a legitimidade e a continuidade referendadas por suas tradições;
9 - que os conflitos inerentes às cidades e o meio rural amazônicosejam mitigados pelo Poder Público e pela sociedade, para que não se transformem em risco à qualidade de vida humana e da natureza;
10 - que a Amazônia represente e seja reconhecida sempre, como um grande gesto de amor por toda a Humanidade.
Presidente Figueiredo, Amazonas/Brasil/Terra: 19 de Nov. de 2.008
Esta carta foi lida por Tenório Telles em frente a Cachoeira da Onça, rodeado de água, árvores, seres da floresta e uma infinidade de seres humanos, que embevecidos e emocionados, assinaram esta carta manifesto, que após o termino do Flifloresta, será exposta ao mundo como um grande gesto de amor pela Amazônia e todo o ecossistema.
Colaboração de Doroni Hilgeberg

Bacia Hidrográfica Taquari-Antas

No mapa, Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul:

O que é uma Bácia Hidrográfica?

Entende-se por bacia hidrográfica toda a área de captação natural da água da chuva que escoa superficialmente para um corpo de água ou seu contribuinte.
Os limites da bacia hidrográfica são definidos pelo relevo, considerando-se como divisores de águas as áreas mais elevadas.
O corpo de água principal, que dá o nome à bacia, recebe contribuição dos seus afluentes, sendo que cada um deles pode apresentar vários contribuintes menores, alimentados direta ou indiretamente por nascentes.
Assim, em uma bacia existem várias sub-bacias ou áreas de drenagem de cada contribuinte. Estas são as unidades fundamentais para a conservação e o manejo, uma vez que a característica ambiental de uma bacia reflete o somatório ou as relações de causa e efeito da dinâmica natural e ação humana ocorridas no conjunto das sub-bacias nela contidas.
A bacia hidrográfica serve como unidade básica para gestão dos recursos hídricos e até para gestão ambiental como um todo, uma vez que os elementos físicos naturais estão interligados pelo ciclo da água.

O artigo 171 da Constituição Estadual estabeleceu um modelo sistêmico para o gestão das águas do Rio Grande do Sul, no qual a bacia hidrográfica foi definida como unidade básica de planejamento e gestão.
A Lei 10.350/1994 regulamentou este artigo e estabeleceu, para cada bacia do Estado, a formação de um comitê de gerenciamento, o comitê de bacia. Para o Rio Grande do Sul, de acordo com a referida lei, foi determinada a existência de três Regiões Hidrográficas, as quais foram subdivididas em bacias hidrográficas, totalizando, até o presente momento, 23 unidades. Para cada uma destas está previsto a formação de um comitê para a gestão integrada dos seus recursos hídricos.
Fonte SEMA-RS

Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas




Comitê Taquari-Antas realizará reunião em Estrela:

Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari Antas realizará reunião em Estrela no dia 29 de novembro de 2008, às 9h, no Estrela Palace Hotel, situado na Rua Júlio de Castilhos, próximo ao Parque Princesa do Vale.

Na oportunidade serão tratados assuntos como o Corredor Ecológico do Rio Taquari com apresentação dos primeiros resultados da avaliação dos efeitos da enchente de outubro de 2008 nas áreas já trabalhadas.

Também a Prefeitura Municipal de Estrela fará uma exposição sobre Estações Compactas de Tratamento de Esgoto com demonstração dos mecanismos utilizados pelo município para tratamentos de efluentes domésticos, com dados referente a custos e eficiência.

"A Aepan-ONG, compõe o Comitê desde 2004".

Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas:

Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas é composto por representantes de usuários da água, representantes da população e representantes do Estado dos 119 municípios da bacia.

A Bacia Hidrográfica Taquari-Antas está localizada a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas geográficas de 28°10' a 29°57' de latitude Sul e 49°56' a 52°38' de longitude Oeste.

Abrange as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e Depressão Central. Possui área de 26.323,00 km², abrangendo municípios como Antônio Prado, Garibaldi, Veranópolis, Bento Gonçalves, Cambará do Sul, Caxias do Sul, Estrela, Lajeado e Triunfo com população estimada de 1.134.594 habitantes.

Os principais cursos de água são o Rio das Antas, Rio Tainhas, Rio Lajeado Grande, Rio Humatã, Rio Carreiro, Rio Guaporé, Rio Forqueta, Rio Forquetinha e o Rio Taquari.

O rio Taquari-Antas tem suas nascentes em São José dos Ausentes e desembocadura no Rio Jacuí. A vazão média é de 606,059 m³/s e a precipitação média anual é de 1.715 mm. A captação de água na bacia destina-se a irrigação, o abastecimento público e a agroindústria.A Bacia do Taquari-Antas abrange parte dos campos de cima da serra e região do Vale do Taquari, com predomínio de agropecuária, e a região colonial da Serra Gaúcha, caracterizada por intensa atividade industrial.

Rio Taquari - Poema

Rio Taquari

Que eu te saúde, ó Taquari,
Filho mais lindo da mata virgem.
Sinto-me tão seguro, não sei como,
Desde que junto de ti, vim morar.

Do eterno e sombrio seio silvestre,
Que o homem nunca destruirá,
Tu lutas e te libertas, ó lindo e grandioso,
Desde o início dos tempos.

Sim, eternamente jovem, com força impetuosa,
Assim tu avanças em frente,
E ruges forte pelos peraus e matas,
Até chegar ao mar eterno.

Quando nas tuas margens parado estou,
Sinto o sopro do criador.
Quando olho para tuas correntezas,
Sinto também a tua imponência.

Desprezando-me da terra,
Da tristeza, prazer e aflição,
Mergulho nas tuas profundezas,
Refresco então, meu coração.

Por isso, brame e ondeia adiante,
Tu, ó formoso Taquari,
Melhor local para repousar a mente,
Jamais me esquecerei de ti.

Autor: Pe. Gustavo Locher – 24.05.1945

Ó Rio Taquari - música

Ó Rio Taquari

Célebre desliza
Por vistosas veigas,
Entre flores meigas
Nosso Rio Taquari.
Seu caudal imenso,
Puro e cristalino,
Ao sol matutino
Límpido sorri.

Gigantescas, moles,
Fervidas cachoeiras,
Úmidas poeiras,
Cortam o caudal.
Em sutis arpejos,
Gemem as ondinas,
Como cordas finas
De harpa celical.

Ao gemer das ondas,
Aves multicolores,
Como belas flores
Chilram mil canções.
Olivais farfalham
Em gentis meneios,
Casam-se aos gorjeios,
Entre virações.

Quando ao longe parto
Taquari formoso,
De ânimo saudoso
Lembro-me de ti
E a distância extrema,
Ainda os teus gemidos,
Soam-me aos ouvidos
Ó meu rio Taquari.

Letra: D. Urbano Allgayer
Música: Maestro Cláudio Kerbes

Enchente Rio Taquari outubro 2008 - Estrela-RS






Cuidados com doenças em decorrências das Enchentes e Inundações:

Em enchentes e inundações a água é contaminada por lixo, esgotos, dejetos de animais e produtos químicos como agrotóxicos, inseticidas, adubos químicos, produtos de limpeza, etc.
A água contaminada pode provocar doenças como Leptospirose, Verminoses, Tétano, Cólera, Hepatite e Intoxicações.

Evite o contato com a água e a lama contaminadas nas enchentes:

-Não ande sem botas de borracha ou sacos plásticos nos pés;

-Não deixe as crianças brincarem em água parada ou lama de enchentes;

-Ao retornar a sua casa, limpe e desinfete as áreas atingidas pela água e remova o mofo, que pode causar doenças de pele como alergias e micoses e também doenças respiratórias como asma, bronquite e rinite;

-Utilize luvas e botas de borracha na limpeza dos locais atingidos pela água;

-Desinfete os locais com água sanitária: uma colher de sopa para cada litro d’água utilizado na limpeza;

-Não consuma alimentos que tiveram contato com a água de enchentes e inundações;

-Não beba água de fontes atingidas por enchentes ou inundações (poços, cisternas, rede pública) sem antes desinfetá-la fervendo ou adicionando hipoclorito fornecido pelo Município.

Texto e imagens: Airton Engster dos Santos e Jorge Scherer

Enchente Rio Taquari outubro 2008 - Estrela-RS






302 mm de chuva em outubro,
provoca cheia com 26,65 metros no Rio Taquari

O mês de outubro teve a maior precipitação pluviométrica dos últimos cinco anos em um único mês, provocou a quinta maior cheia da história desde 1941.

Até sexta-feira, dia 24, já havia chovido 150 mm. Da madrugada de sexta-feira até domingo pela manhã houve mais 152 mm de precipitação totalizando 302 mm no mês de outubro.

O nível das águas começou a se elevar, e por volta das 16 horas de domingo, em diante, o Rio Taquari subiu numa média de 40 cm por hora até às 2 horas da madrugada de segunda-feira quando começou a diminuir seu ritmo em 5 cm por hora. Porém sempre elevando sua cota até que estabilizou por volta de meio dia de segunda feira, chegando a 26,65 m. Cheia só superada pelas enchentes de 1941 com 29,92 metros e 1956 com 28,86 metros, 1954 com 27,35 metros e 2001 com 26,95 metros.

Duzentas famílias ficaram flageladas, e foram socorridas pela Defesa Civil de Estrela-RS. O mesmo ocorreu em outros municípios do Vale do Taquari. Algumas famílias relutaram em aceitar sair imediatamente das zonas de risco por não acreditarem na força do fenômeno. No final não foram registradas ocorrências de acidentes ou danos à integridade física dos atingidos pelas águas. Apenas na madrugada de segunda-feira um casal ficou ilhado no bairro Marmitt, pediu socorro e foi resgatado sem maiores problemas.

A corrida em busca de informações e orientações foram constantes durante o período mais crítico de subida das águas. As leituras da cota do Rio medidas do Porto de Estrela eram aguardadas com grande expectativa. Também informações do município de Encantado e montante como Muçum e Santa Tereza eram buscados constantemente como forma de se fazer uma estimativa de crescimento do nível das águas do Rio em Estrela.

Na segunda-feira muitas escolas do município suspenderam as aulas em função das mesmas estarem localizadas em áreas atingidas pela cheia. Também muitas crianças ficaram flageladas. Outro aspecto que trouxe problemas foram ruas da cidade tomadas pelas águas causando transtornos e dificuldades para os veículos e pedestres.

Na manhã de segunda-feira, dia 27, o prefeito Celso Brönstrup, decretou Situação de Emergência na área urbana e rural do município, em virtude das cheias do rio Taquari.

Dados da Defesa Civil de Estrela informam que mais de 200 famílias ficaram desabrigadas. Na área urbana os bairros mais atingidos foram: Oriental, Marmitt e Moinhos. Localidades do interior também foram castigadas com a alta de arroios que alimentam o Taquari, muitas plantações ficaram submersas.

Airton Engster dos Santos e Jorge Scherer

Contaminação da Água


Contaminação da Água

De maneira simples a contaminação da água pode ser definida como a adição de substâncias estranhas que deterioram sua qualidade. A qualidade da água se refere a sua aptidão para usos benéficos, como abastecimento, irrigação, recreação e etc. Um contaminante pode ser de origem inorgânica, como o chumbo ou mercúrio, ou orgânico, como coliformes provenientes de esgotos domésticos.

Do ponto de vista ecológico a qualidade de água têm uma conotação um pouco diferente. A qualidade de água de um ecossistema aquático natural pode ser muito diversa; certos ecossistemas apesar de possuírem concentrações elevadas de sais, pHs ácidos ou baixa concentração de oxigênio dissolvido podem ter comunidades estáveis e adaptadas a viver nestes meios. Nestes casos, a qualidade da água depende fundamentalmente dos aportes naturais, dados pela chuva e pelas condições naturais de geologia e solos da bacia de drenagem.

As principais fontes de contaminação aquática são as indústrias, a agricultura e os despejos domésticos. A decomposição natural da matéria orgânica, acumulada em excesso, causa mudanças drásticas na concentração de oxigênio e nos valores de pH, que podem ser, às vezes, mortais para os peixes. Várias são as classes de substâncias que podem chegar a contaminar a água. Algumas podem causar turbidez na água (diminuição da transparência), outras aumentar a salinidade ou a temperatura.

Aepan-ONG enaltece iniciativa da Prefeitura de Estrela-RS




Aepan-ONG enaltece iniciativa da Prefeitura de Estrela-RS

A Aepan-ONG está acompanhando as obras da Prefeitura Municipal de Estrela, de instalação de tanques de fibra, que tem por finalidade a decantação e decomposição da matéria orgânica, oriunda de esgoto cloacal.
A Aepan-ONG enaltece a iniciativa, que foi implantada inicialmente como experiência. Os tanques foram aprovados após testes de água em laboratório especializado, hoje já instalados em mais dois bairros de Estrela-RS, Marmitt e Cristo Rei.

Mais 42 pontos de despejos necessitam de atenção no município de Estrela-RS. Segundo o Executivo Municipal está postulando verbas através de projetos para atender a demanda.

Sabe-se que um dos grandes problemas dos recursos hídricos no Brasil é a carga orgânica que recebem dos esgotos cloacais, sem nenhum cuidado e tratamento. Para a entidade ambiental é de fundamental importância, toda iniciativa que venha para mudança do quadro caótico de poluição a que estão submetidas nossas águas.

Exemplo do Colégio Martin Luther



Mais de 500 mudas de árvores plantadas às margens do Rio Taquari
10/08/2008

Na tarde do dia 9 de setembro, 115 alunos do Ensino Médio do Colégio Martin Luther participaram do plantio de 510 mudas de árvores às margens do Rio Taquari, no distrito de Costão, na localidade de Chá da Índia.

O plantio das mudas é um programa do Ministério Público Estadual, em parceria com a Prefeitura de Estrela e proprietários de áreas de terras que margeiam o rio Taquari.

O programa de recuperação do Corredor Ecológico do Rio Taquari engloba 40 áreas que devem ser recuperadas. De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Saneamento Básico, em Estrela, neste ano 10 propriedades serão contempladas, o restante será no próximo ano.

Ação foi coordenada pelo Colégio Martin Luther, que orientou os estudantes no plantio, observando a distância do barranco do rio e as plantas.

Mudas plantadas
Araçá-vermelho, chal-chal, jerivá, araçá-amarelo, caleandra, mata-olho, cerejeira, pitangueira, sarandi, butiazeiro, quaresmeira, ingazeiro, ipês, entre outros.
Fotos: Josué Garcia

Rio Taquari - Assoreamento




Aepan-ONG constata grave deslizamento
na barranca do Rio Taquari

A forte precipitação pluviométrica verificada em Estrela, entre os dias 20 e 23 de setembro (192 mm) de 2007, e uma enchente com grande correnteza (26,25 metros) provocaram uma erosão preocupante, de aproximadamente 350 m² na barranca do Rio Taquari. Outro fator que deve ter contribuído para o acidente ambiental foi o fato desta ser a segunda cheia em 2007. A primeira ocorreu em julho, com 24,52 metros.
Segundo ambientalistas da Aepan-ONG, a erosão chega a centímetros da cerca atrás da empresa Granóleo, no bairro das Indústrias. Se nenhuma medida for tomada, uma próxima cheia poderá arrastar parte do pátio da empresa. Inclusive a passagem de pessoas pelo local está seriamente ameaçada pelo perigo de mais deslizamentos.

Com mais uma área de risco, Estrela contabiliza duas situações em que a urgência nas tomadas de medidas saneadoras pode fazer a diferença na geografia do Rio Taquari, que avança através da erosão causando também o assoreamento com prejuízos para navegabilidade e vida aquática. O local conhecido como buraco dos cachorros, próximo ao Parque Princesa do Vale, é outro ponto crítico que merece atenção das autoridades e que, a cada cheia, também tem parte da barranca levada pela força das águas.

Outra questão observada pelos ambientalistas diz respeito a grande quantidade de lixo pendurado ou jogado na mata ciliar, o que demonstra, segundo os mesmos, o desleixo da população de toda bacia Taquari-Antas, com relação à preservação do meio ambiente. Plástico, panos, isopor, latas, madeira entre outros, devolvido pelo Rio Taquari, nas cheias, como que, querendo chamar a atenção para consciência ecológica, alertam os membros da Aepan-ONG.

Curiosidade:
Assoreamento é a obstrução de um rio, canal, estuário ou qualquer corpo d’água, pelo acúmulo de substâncias minerais (areia, argila, etc) ou orgânicas, como o lodo, provocando a redução de sua profundidade e da velocidade de sua correnteza, além da morte dos peixes.

Voluntários:
Airton Engster dos Santos
Jorge Scherer
Imagens: Aepan-ONG
Matéria de capa Jornal Folha de Estrela

Porto de Estrela


Portos – Estrela nasceu e cresceu por vias fluviais
Por: Airton Engster dos Santos


O Rio Taquari ou Tibiquari, como era conhecido pelos índios, ao banhar o território de Estrela favoreceu a chegada dos imigrantes, o desenvolvimento e a existência de diversos portos fluviais servindo as zonas coloniais. Até por volta de 1926, o vasto território da Vila, agraciado pela natureza em termos de recursos hídricos, possuía os seguintes portos: Arroio do Ouro, Fundição na foz do Arroio Estrela, Costão, Corvo, Barra do Arroio da Seca, Roca Sales, Marques do Herval, Arroio Augusto, Arroio Campinho, Porto da Areia e Porto Wendt.


Em 15 de outubro de 1924 foi inaugurado o cais do na tigo Porto de Estrela, obra iniciada no governo de Manoel Ribeiro Pontes Filho, que possibilitou linhas de navegações regulares no Rio Taquari e o escoamento da produção agrícola e industrial.


No entanto, o trecho a montante de Bom Retiro do Sul estava constantemente assoreado, com pouca profundidade, impossibilitava a passagem de grandes embarcações. A Barragem concluída na década de 70, projetada inicialmente para gerar energia elétrica, possibilitou a navegação até Estrela durante o ano todo, inclusive nos períodos de estiagem. O nível do Rio Taquari neste trecho, praticamente de 20 km, foi elevado de 4 m para 10 m de profundidade.
Foi construído então o entroncamento rodo-ferro-hidroviário em Estrela, inaugurado em 10 de novembro de 1977, pelo Exmo. Sr. Vice-Presidente da República, General Adalberto Pereira dos Santos. O complexo serve até hoje como porta de entrada e saída para as riquezas, não só de nosso município, mas do Vale do Taquari como um todo.


A construção do entroncamento foi executada em convênio entre Petrobrás, Deprec (Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais) e CESA (companhia Estadual de Silos e Armazéns). A Petrobrás se responsabilizou pelos encargos financeiros da obra que se situaram à época em torno de 300 milhões de Cruzeiros e as demais pela fiscalização e implementação do projeto.


O cais do porto é construído de concreto, tendo 585 metros de extensão. No projeto de execução da obra a altura do muro foi fixada, levando-se em consideração os problemas das cheias do Rio Taquari. Analisando todos os fatores os engenheiros optaram pela construção de um muro de 17 metros em relação ao nível do mar. As instalações portuárias possuem dois silos graneleiros, com capacidade estática para 50 mil toneladas e um silo de 40 mil toneladas. Para carga geral existe um armazém de 2,3 mil metros quadrados. O complexo é composto ainda por uma área pavimentada para estocagem de contêineres além de área destinada a garagem, oficina e prédios da administração, vigias, balança e acessos a rodovias e ferrovia.


No dia 28 de setembro de 1998 foi inaugurado um terminal de contêineres no porto de Estrela. No dia da inauguração foram embarcados 8 contêineres com fumo e um com balas. Para movimentar containeres, o Porto possui um guindaste com capacidade de até 250 toneladas.


O porto está estrategicamente localizado junto a BR 386, rodovia que se constituí num verdadeiro corredor por onde escoa grande parte da produção agrícola do Rio Grande do Sul. Também está ligado as regiões produtoras e consumidoras através de estrada de ferro. E por via fluvial e lacustre tem ligação com o Porto de Rio Grande se transformando numa alternativa para importação e exportação de produtos diversos.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de dados e Imagens: Clipagem e Arquivo Aepan-ONG e Álbum do Cinqüentenário de Estrela de 1926.

Rio Taquari ou tibiquari:


A bacia hidrográfica Taquari-Antas situa-se na região nordeste do estado, com uma área total de 26.428 km2, equivalente a 9% do território estadual, e 119 municípios, inseridos total ou parcialmente. É o principal afluente do Jacuí, maior formador do rio Guaíba.

O rio Taquari nasce com a denominação de rio das Antas, até a afluência com o rio Guaporé, na cidade de Muçum. A partir daí passa a denominar-se Taquari, desembocando no rio Jacuí, junto à cidade de Triunfo. O rio das Antas percorre 390 km e o rio Taquari, 140 km, totalizando uma extensão de 530 km. Seus principais afluentes pela margem esquerda são os rios Camisas, Tainhas e Lajeado Grande, e pela margem direita, os rios Quebra-Dentes, da Prata, Carreiro, Guaporé, Forqueta e Taquari-Mirim.

A área ocupada por uma ampla variedade de cultivos agrícolas é maior do que um milhão de hectares, gerando problemas relativos à utilização de agrotóxicos e adubos químicos, aos processos erosivos, com aumento da turbidez da água, e ao assoreamento. Também recebe a carga de esgotos cloacais não tratados e efluentes industrias que causam poluição em suas águas.

A vazão média do rio Taquari, medida em Muçum, durante o período de 1940 a 1982, foi de 321 m3/s. As descargas máximas observadas atingiram valores na ordem de 10.300 m3/s, enquanto as mínimas estiveram entre 10 e 20 m3/s.
As grandes flutuações de vazão são subseqüentes à ocorrência de chuvas, distribuídas em áreas extensas da bacia, concentrando rapidamente grandes volumes de água, que se propagam com velocidade rio abaixo.

Chegando ao município de Estrela, o Rio Taquari recebe água de seus dois afluentes, os arroios Estrela e Boa vista que percorrem todo o município (zona urbana e zona rural) e recebem diversos tipos de águas originárias de residências, indústrias, propriedades rurais e da chuva, que automaticamente irão compor a água dos arroios e em seguida o rio Taquari, assim como a sua composição físico-química.

Apesar dos maus tratos (esgotos, efluentes, desmatamento e lixo), as condições ambientais das águas do Rio Taquari são boas, conforme pesquisas realizadas pela Aepan-ONG, ou seja, Classe 1 segundo Resolução do CONAMA. Águas com estas características podem ser destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho); à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte de informações: Aepan-ONG e FEPAN

Matéria divulgada no Jornal Folha de Estrela – Coluna: Histórias da Nossa História.

Rio Taquari e Rio das Antas




Rio Taquari e rio das Antas


A bacia hidrográfica do sistema Taquari-Antas situa-se na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul, abrangendo uma área de 26.428 km2, equivalente a 9% do território estadual, e 98 municípios, inseridos total ou parcialmente. Limita-se ao norte com a bacia do rio Pelotas, a oeste e ao sul com a bacia do rio Jacuí e a leste com as bacias dos rios Caí e Sinos. Trata-se do principal afluente do rio Jacuí, maior formador do Guaíba (AEPAN, Arquivos. 2005, RS).


O rio Taquari nasce no extremo leste do Planalto dos Campos Gerais, com a denominação de rio das Antas, até a confluência com o rio Guaporé, nas imediações da cidade de Muçum. A partir daí passa a denominar-se Taquari, desembocando no rio Jacuí, junto à cidade de Triunfo. O rio das Antas percorre 390 Km e o rio Taquari, 140 Km, totalizando uma extensão de 530 Km. Seus principais afluentes pela margem esquerda são os rios Camisas, Tainhas e Lajeado Grande, e pela margem direita, os rios Quebra-Dentes, da Prata, Carreiro, Guaporé, Forqueta e Taquari-Mirim.


Devido à sua magnitude, esta bacia possui características físicas diferenciadas: áreas de alto índice de industrialização, áreas com predomínio de produção primária, zonas intensamente urbanizadas e riscos de ocorrência de enchentes, entre outras. Uma das regiões mais desenvolvidas do Estado, o Aglomerado Urbano do Nordeste, encontra-se nesta bacia hidrográfica. Os municípios integrantes desta bacia concentram 20% do PIB estadual, caracterizando-se por possuírem a base econômica voltada para um setor industrial em crescimento. Por outro lado, o Índice de Desenvolvimento Social apresentou um valor inferior à média do Estado: 0,67 contra 0, 74.

Representando cerca de 16% da população estadual, os municípios integrantes da bacia do Taquari-Antas caracterizam-se por um elevado grau de urbanização, por uma densidade demográfica de 40 hab/km2 e por uma taxa de crescimento populacional próxima à média do Estado.


O rio Taquari-Antas tem suas nascentes nos municípios de Cambará do Sul e Bom Jesus, numa região de baixa densidade populacional, onde predomina a criação extensiva de gado. Esta paisagem começa a se transformar na altura de Antônio Prado, onde predomina a pequena propriedade com utilização intensiva, já com densidades mais elevadas. O trecho mais significativo em termos de uso e ocupação do solo está compreendido entre os municípios de Antônio Prado e Veranópolis, concentrando 50% da população e 57% das indústrias da bacia. Quanto ao uso agrícola, destacam-se em área cultivada as bacias de drenagem dos rios Carreiro, Forqueta e das Antas, predominando as culturas de milho e soja. Além destas culturas, o arroz também é cultivado nas partes mais planas, ao sul da bacia.
A área ocupada por uma ampla variedade de cultivos agrícolas é maior do que um milhão de hectares, gerando problemas relativos à utilização de agrotóxicos e adubos químicos, aos processos erosivos, com conseqüente aumento da turbidez, e ao assoreamento. A análise dos solos da bacia demonstra fortes limitações quanto aos aspectos pedológicos para o desenvolvimento da agricultura de forma mais intensa, tais como restrições quanto à fertilidade e às variações na profundidade do perfil, limitações ligadas ao relevo ou à drenagem e alto risco de erosão.
Em 1993, haviam 8.123 indústrias na bacia do Taquari-Antas, destacando-se os ramos de vestuário e artefatos de tecidos, metalúrgica, madeira, produtos alimentares, mobiliário, calçados e minerais não metálicos. Conjugando parâmetros climáticos e geomorfológicos, pode-se dividir esta bacia hidrográfica em três sub-áreas: Depressão Central, com temperaturas mais elevadas (subtropical); Campos de Cima da Serra, com temperaturas mais baixas (temperado); Encosta e Serra do Nordeste, onde ocorre a transição entre os climas subtropical e temperado.
Quanto à vegetação, a bacia do rio Taquari-Antas apresenta quatro regiões fitoecológicas associadas à Mata Atlântica e consideradas como zona de transição: Savana, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Decidual e Áreas de Tensão Ecológica. Ainda podem ser observados diversos ambientes onde a vegetação natural encontra-se em satisfatório nível de preservação, localizados nas encostas íngremes dos vales, de difícil acesso e impróprios a práticas agrícolas. Os locais mais preservados acham-se representados por dez unidades de conservação correspondentes a 16.000 ha, sendo a mais importante a do Parque Nacional dos Aparados da Serra, no município de Cambará do Sul. Hidrologicamente, pode ser caracterizada por regimes torrenciais, de escoamentos superficiais rápidos e bruscas variações de descargas, por apresentar declividade média elevada, rede de drenagem densa com tendência radial, pouca cobertura vegetal, pouca profundidade e baixa permeabilidade dos solos.

A vazão média do rio Taquari, medida em Muçum, durante o período de 1940 a 1982, foi de 321 m3/s. As descargas máximas observadas atingiram valores na ordem de 10.300 m3/s, enquanto as mínimas estiveram entre 10 e 20 m3/s.

As grandes flutuações de vazão são subseqüentes à ocorrência de chuvas contínuas, distribuídas em áreas extensas da bacia, concentrando rapidamente grandes volumes de água, que se propagam com velocidade rio abaixo. Durante as cheias de setembro de 1967, por exemplo, os picos de enchentes em dois pontos distantes 380 Km um do outro, ocorreram com intervalo inferior a 24 horas.
O efeito de remanso provocado pela elevação do nível do rio Jacuí a partir do delta para montante agrava os problemas de cheias nas áreas de baixa declividade, ocasionando prejuízos consideráveis à agricultura e ao sistema viário. A zona urbana dos municípios do baixo Taquari, especialmente Lajeado e Estrela, foi inundada em cinco ocasiões nos últimos dez anos, acarretando enormes prejuízos à economia e à infra-estrutura urbana dessas cidades.

De acordo com as características geomorfológicas e hidrológicas, a bacia do Taquari-Antas pode ser dividida em três trechos distintos: • O primeiro trecho está compreendido entre as nascentes e a foz do rio Quebra-Dentes, corre na direção leste-oeste, perfaz 183 Km de extensão, com uma
declividade média de 4,8 m/km, caracterizando-se por possuir declividade acentuada, com rios encaixados e muitas corredeiras;
• O segundo trecho, compreendido entre a foz do rio Quebra-Dentes e a foz do rio Guaporé, tem a direção predominante nordeste-sudoeste, com uma extensão de 207 km e uma declividade média de 1,6 m/km, caracterizando-se por uma declividade menos acentuada, mas ainda apresentando vales encaixados e algumas corredeiras;
• O último trecho, já com denominação de Taquari, começa na foz do rio Carreiro e termina na confluência com o rio Jacuí, seguindo a direção predominante norte-sul e apresentando uma extensão de 140 km e uma declividade média de 0,2 m/km. Caracteriza-se como um rio de planície, com pouca declividade e raras corredeiras.

Ao longo de todo o percurso descrito anteriormente, o rio Taquari recebe água de inúmeros afluentes. Chegando ao município de Estrela, seus dois principais afluentes são os arroios Estrela e Boa vista que percorrem todo o município (zona urbana e zona rural) e recebem diversos tipos de águas originárias de diversas residências, indústrias, propriedades e da chuva, que automaticamente irão compor a água dos arroios e em seguida o rio Taquari, assim como a sua composição físico-química.

Pesquisa: Valmir Elói Schmidt




Rio Taquari - Enchente setembro de 2007

Enchente no Rio Taquari em 2007 - Vale do Taquari-RS

As fortes chuvas que caíram de 20 a 23 de setembro, em toda bacia do Taquari-Antas, provocaram uma das maiores enchentes dos últimos anos, ou seja, 26,25 metros. Nesta década superada pelas cheias de 2001 que chegaram a 26,30 metros (julho) 26,95 metros (outubro). Grande número de flagelados em todo Vale do Taquari, quedas de barreiras em rodovias, ruas e residências tomadas pelas águas. A maioria das famílias foi retirada antes das águas subirem, graças a um sistema de monitoramento da Defesa Civil e prefeituras da região. As rádios locais também tiveram papel preponderante informando a população sobre a situação das águas. Em Estrela foram retiradas em torno de 150 famílias e Lajeado 200. Os voluntários da Aepan-ONG atuaram principalmente levando orientações para famílias em situação de risco.

Curiosidade: A maior enchente registrada no Rio
Taquari foi em 1941 com 29, 92 metros.

Obs. A região do Vale do Taquari, com 39 municípios, no Rio Grande do Sul é grande produtora de alimentos no estado. Concentração de indústrias e cooperativas da alimentação com expressivo número de trabalhadores. Os maiores municípios são: Lajeado, Estrela, Encantado, Teutônia, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul e Roca Sales.

Cuidados com doenças em decorrências das Enchentes e Inundações:

Em enchentes e inundações a água é contaminada por lixo, esgotos, dejetos de animais e produtos químicos como agrotóxicos, inseticidas, adubos químicos, produtos de limpeza, etc.
A água contaminada pode provocar doenças como Leptospirose, Verminoses, Tétano, Cólera, Hepatite e Intoxicações.

Evite o contato com a água e a lama contaminadas nas enchentes:

  1. Não ande sem botas de borracha ou sacos plásticos nos pés;
  2. Não deixe as crianças brincarem em água parada ou lama de enchentes;
  3. Ao retornar a sua casa, limpe e desinfete as áreas atingidas pela água e remova o mofo, que pode causar doenças de pele como alergias e micoses e também doenças respiratórias como asma, bronquite e rinite;
  4. Utilize luvas e botas de borracha na limpeza dos locais atingidos pela água;
  5. Desinfete os locais com água sanitária: 1 colher de sopa para cada litro d’água utilizado na limpeza;
  6. Não consuma alimentos que tiveram contato com a água de enchentes e inundações;
  7. Não beba água de fontes atingidas por enchentes ou inundações (poços, cisternas, rede pública) sem antes desinfeta-la fervendo ou adicionando hipoclorito fornecido pelo Município.

Imagens da Aepan-ONG

Airton Engster dos Santos
Jorge Scherer
Ambientalistas