Defesa Civil e Cruz Vermelha

Defesa Civil e Cruz Vermelha
Prefeitura de Lajeado-RS

Amazônia

CARTA DA FLORESTA
Os Escritores e demais participantes do Festival Internacional da Floresta- FLIFLORESTA, reunidos em Manaus, capital do Amazonas, de 17 a 22 de novembro de 2.008, elaboraram esta CARTA DA FLORESTA, que expressa sentimentos, preocupações e compromissos em relação ao presente a ao futuro da Amazônia e das suas populações.
A Amazônia pela sua complexidade e importância para o futuro da Terra, ocupa o centro das preocupações e debates sobre a vida no planeta. Estudá-la, compreendê-la e defendê-la da ação predatória de certos modelos de desenvolvimento é uma responsabilidade de todos os cidadãos que fazem a história da nação brasileira. É tarefa dos homens e mulheres comprometidoscom a vida, com a construção de um mundo melhor e com a esperança. Daqueles que crêem na utopia e na realização do sonho de edificação de uma terra sem males. Ciosos do significado que a pátria das águas , das florestas e da magia - a nossa Amazônia-tem para a continuidade da vida, afirmamos nosso compromisso de defendê-la e empreender esforços para promover iniciativas capazes de preservá-la como espaço vital do ser humano, dos bichos, das plantas, das águas, dos passarinhos. De todos os seres, inclusive os encantados. E por compreendermos que todos têm direito à vida, comprometemo-nos com a vida e os habitantes da terra de Ajuricaba - herói da Amazônia e personificação dos homens e mulheres de boa vontade que lutam por um futuro generoso, justo e melhor para todos.
1 - que a Amazônia brasileira pertence ao povo brasileiro, que por meio de suas instituições, deve agir para protegê-la em benefício das suas populações e da humanidade;
2 - que países amazônicos devem agir com precaução mútua, para proteger seus ecosistemas em benefício das suas populações e humanidade;
3 - que as intervenções sociais, econômicas e políticas para a Amazônia, quando necessárias, partam das necessidades e valores das suas populações, e não de interesses que se superponham a essa peculiaridade;
4 - que a Amazônia seja compreendida como múltiplos e complexos sistemas biológicos e culturais, cuja interdependência não pode ser negligenciada em prejuízo do ambiente e das suas populações.
5 - que as decisões de políticas públicas e outras formas de interveção na natureza e no ambiente social, quando necessários, se efetivem por meio de diálogo entre conhecimento, tecnologia e os saberes tradicionais dos povos amazônicos;
6 - que as culturas amazônicas, nas suas mais variadas manifestações de criatividade e saber, sejam sempre reconhecidas como produção intelectual indissociavel dos seus produtores indiviuais ou coletivos;
7 - que se expresse o repúdio, de forma imediata e enérgica, a qualquer forma de preconceitos e de vontade de subjugar os povos da Amazônia;
8 - que os governos dos países amazônicos empreendam ações conjuntamente para assegurar os deslocamentos culturais das populações tradicionais que vivem nas regiões fronteiriças, para que as suas terras tenham a legitimidade e a continuidade referendadas por suas tradições;
9 - que os conflitos inerentes às cidades e o meio rural amazônicosejam mitigados pelo Poder Público e pela sociedade, para que não se transformem em risco à qualidade de vida humana e da natureza;
10 - que a Amazônia represente e seja reconhecida sempre, como um grande gesto de amor por toda a Humanidade.
Presidente Figueiredo, Amazonas/Brasil/Terra: 19 de Nov. de 2.008
Esta carta foi lida por Tenório Telles em frente a Cachoeira da Onça, rodeado de água, árvores, seres da floresta e uma infinidade de seres humanos, que embevecidos e emocionados, assinaram esta carta manifesto, que após o termino do Flifloresta, será exposta ao mundo como um grande gesto de amor pela Amazônia e todo o ecossistema.
Colaboração de Doroni Hilgeberg

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