Defesa Civil e Cruz Vermelha

Defesa Civil e Cruz Vermelha
Prefeitura de Lajeado-RS

1º Conferência Intermunicipal de Proteção e Defesa Civil - Vales do Taquari e Rio Pardo - Lajeado-RS


Fundo Clima financia projetos nas áreas de energia e ecossistemas

Fonte: Agrosoft - 17.02.2014

Brasil - O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) lançou, no dia 14 de fevereiro de 2014, dois editais de chamada pública para desenvolvimento de projetos. O prazo para envio dos projetos é de um mês - até 14 de março. Podem participar universidades, institutos e fundações públicas, entes federados (estados, Distrito Federal e municípios) e organizações sem fins lucrativos da sociedade civil brasileira.

O edital MMA/FNMC nº1/2014 é voltado para o incentivo à eficiência energética, desenvolvimento e aplicação de fontes de energia que produzam menos gases de efeito estufa na atmosfera. Serão selecionados projetos e estudos que desenvolvam o aproveitamento do biogás (produzido em aterros sanitários e dejetos da pecuária) e da energia solar como fontes alternativas de energia. Este edital enquadra-se na área de concentração nº 1 do Fundo Clima: desenvolvimento e difusão tecnológica. 

O edital MMA/FNMC nº2/2014 é direcionado à recuperação, restauração e proteção de nascentes e ambientes naturais. Contemplará projetos que trabalhem a conservação e restauração de áreas naturais para a manutenção e o restabelecimentos de serviços ecossistêmicos. Este edital refere-se à área 4 do Fundo Clima: adaptação da sociedade e ecossistemas. 

Os recursos do Fundo Clima serão aplicados em apoio financeiro reembolsável e não-reembolsável e em linhas de atuação previamente definidas por um Comitê Gestor que reúne instituições governamentais e não governamentais. 

Rio Taquari é destaque no Jornal Folha de Estrela - Fevereiro 2014


Água: a crônica da falta de bom senso


Rio Taquari em Estrela-RS

Os problemas de abastecimento são reflexos do mau uso e desperdícios generalizados.

Um calor acima do previsto e chuvas que não caem como em anos anteriores. Além disso, um consumo em alta e os reservatórios em baixa atingindo marcas históricas negativas. Todos esses fatores somados resultam na séria e concreta ameaça de racionamento de água na região Sudeste, a mais populosa do país.

É claro que esse estado de coisas deve ser considerado atípico, mas diante da crise anunciada e um iminente “apagão” no fornecimento desse líquido precioso, lá vamos nós caçar os culpados da hora!!

A mídia responsabiliza governos pela ausência de investimentos no setor. Os partidos pró e contra defendem ou atacam conforme a conveniência e a população reclama de todos afirmando que pagam suas contas em dia e, portanto, não aceitam abrir mão do direito de ter água nas torneiras e chuveiros sempre que quiserem fazer uso dela.

Afinal, foi o fenômeno climático, como consequência do aquecimento global, o maior responsável pelas altas temperaturas e pela ausência de chuvas?

Em parte podemos até afirmar que sim. Mas depender totalmente dos ciclos de chuva do bom comportamento climático, apenas revela um despreparo muito grande e que deve realmente assustar a todos nós.

Então, a quem cabe a maior responsabilidade? Acredito que seja da visão limítrofe generalizada que ainda é capaz de dar pouca importância a esse insumo fundamental para a vida de todos.

Façamos um exercício bastante simples. Imagine a falta de muitos serviços que temos à disposição dentro das nossas casas. Pense que durante um período você ficará totalmente sem energia elétrica, sem telefone ou mesmo sem dispor da internet e da televisão a cabo. Muito ruim sem dúvida e que podem trazer prejuízos diversos. Agora reflita sobre a total ausência de água. Sem entrar na individualização dos problemas acarretados por cada um desses serviços, o que naturalmente o obrigaria a sair de casa para buscar uma solução é exatamente a água. Ela não é apenas vital para o nosso dia a dia, pessoal ou profissionalmente como tantos outros, é basicamente uma questão de sobrevivência.

Agora, com raras exceções, o mais essencial é, invariavelmente, o mais barato de todos. É ao final das contas uma impressionante inversão de valores, o que é mais importante custa menos que o supérfluo… e vice-versa. Nessa hora prevalece a lógica do famigerado mercado tão pouco afeito a enxergar além do curto prazo.

Esse olhar distorcido é o primeiro responsável pela nossa crise de abastecimento de água. Depois dele tudo vai se complicando numa espiral de problemas sobrepostos.

Cidadania também em falta

Senão, vejamos. Recentemente o escritor Ignácio de Loyola Brandão publicou em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo diversos diálogos mantidos por ele com pessoas que faziam uso da água da pior maneira possível. Estavam elas a varrer calçadas com a mangueira ou a lavar carros pouco preocupadas com o desperdício de litros e litros de água tratada. Ao questionar esses indivíduos, as respostas dadas ao conhecido escritor foram, invariavelmente, semelhantes, indo de um simples: “cuide de sua vida” a um “pago a água e gasto quanto quiser”.

Atitudes típicas de um individualismo contemporâneo e nefasto. Essas pessoas agem como se não houvesse interesses coletivos que estão acima dos seus de gastar água como bem entendessem. Temos direito a água, certamente. Mas também temos o dever de fazer uso racional dela. Acima de tudo, a água deve ser percebida como bem comum.

Então as famílias são as grandes responsáveis pelos nossos problemas de abastecimento? Calma aí, não foi isso que eu disse. Existem ainda outros atores nessa equação.

As enormes perdas do sistema

Segundo a ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) as companhias de abastecimento de água no Brasil são responsáveis por uma perda média que chega a absurdos 40%. Mas existem empresas de saneamento que perdem até 60%. Um volume de água impressionante que é desperdiçado e que contribui fortemente para a atual situação.

E esse desperdício reverte em um círculo vicioso e pernicioso. Quanto mais se perde água, menos a empresa responsável pelo abastecimento será capaz de investir recursos para melhorar o sistema e trabalhar para a redução dessas mesmas perdas. Ainda, de acordo com a ABES, são diversas as razões para a manutenção desse cenário, entre elas, podemos destacar a falta de quadro de profissionais capacitados; escassez de equipamentos, a baixa capacidade de financiamento como já citado e por fim, a ausência de uma coordenação geral redundando em uma gestão ineficiente do sistema.

Então, leitor você poderá raciocinar, aí estão as grandes responsáveis, ou seja, as companhias estaduais de abastecimento de água. Aí serei obrigado a pedir um pouco mais de paciência para suas conclusões definitivas.

Governos e suas campanhas oficiais

A crise tomou tal proporção que, em São Paulo, o Sistema Cantareira, um dos principais responsáveis pelo abastecimento dos cerca de 20 milhões de habitantes da região metropolitana atingiu a marca histórica de 18,8% no nível de sua represa. Diante desse fato, o governo do estado, por meio da Sabesp, a companhia de abastecimento paulista decidiu por uma medida a altura do momento (estou sendo irônico). Uma campanha em forma de súplica pedindo às pessoas que economizem água em troca de uma redução de 30% na conta mensal.

O tom dado por essa campanha seria, mal comparando, o mesmo que premiar a honestidade ao invés de punir severamente os desonestos. Essa comunicação perde a oportunidade de ir além, chamar à responsabilidade o conjunto da sociedade, conscientizar sobre ações efetivas de bom uso da água e ao mesmo tempo aqueles que mantiverem hábitos contrários aos da maioria da população, deveriam receber severas multas. Também não precisaríamos chegar ao momento atual para a realização de campanhas visando à economia de água. Elas deveriam ser permanentes e cotidianas, até que um novo comportamento, simplesmente, as tornasse desnecessárias.

O governo de São Paulo erra ao criar uma campanha mais preocupada em não desagradar, de olho que está no ano eleitoral. O medo da crítica é maior do que a busca por uma solução. Se é assim que o cidadão/eleitor enxerga, portanto, a responsabilidade até pela campanha pouco incisiva também pode ser dividida com ele pois é, exatamente essa postura de não aceitar restrições impostas pelo setor público ao “sagrado direito de fazer o que bem entender”, que contribui para a omissão do governo diante de ações urgentes a serem tomadas que precisam, sim ser compartilhadas com a sociedade.

A iniciativa privada, indústrias, o agronegócio, enfim, o setor produtivo, tem na água um dos insumos imprescindíveis para a existência de seus negócios. Algumas empresas têm feito esforços na reutilização da água, na redução do consumo e no tratamento, mas também existem muitas delas que pouco fazem nesse sentido e precisam com urgência rever suas estratégias, pois tudo faz crer que serão muito cobradas no futuro por sua falta de ação no presente.

Em resumo, caro leitor, o que quero dizer é que somos, com medidas e pesos diferentes, corresponsáveis pelos avanços, retrocessos e pela atual falta de água. Como disse lá no começo desse artigo, um novo olhar, uma nova reflexão sobre a verdadeira relevância das coisas e um compromisso compartilhado precisará ser assumido por todos os setores da sociedade.

Hoje o problema é a água, amanhã será a energia, assim como a questão dos resíduos, poluição, mobilidade urbana, etc, etc, etc. estão todos colocados e já batem à nossa porta. Para vivermos de maneira mais sustentável, justa e equilibrada, não se deve esperar milagres, mas a participação de todos. Cuide da água, assim como de tudo que você considera importante.

* Reinaldo Canto é jornalista especializado em Sustentabilidade e Consumo Consciente e pós-graduado em Inteligência Empresarial e Gestão do Conhecimento. Passou pelas principais emissoras de televisão e rádio do País. Foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil, coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e colaborador do Instituto Ethos. Atualmente é colaborador e parceiro da Envolverde, professor em Gestão Ambiental na FAPPES e palestrante e consultor na área ambiental.

** Publicado originalmente no site Carta Capital.

Reunião Ordinária Comitê Taquari-Antas - Fevereiro de 2014




Estrela-RS – Temporal e queda de postes no Bairro Imigrantes


Estrela-RS – Temporal e queda de postes no bairro Imigrantes

Ocorreu um fato pelo menos inusitado no Bairro Imigrantes em Estrela-RS. Primeiro na segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014 houve um temporal com granizo e não se verificou nenhuma avaria na rede elétrica.

Na terça-feira, 11 de fevereiro de 2014, na parte da tarde, por volta de 17h 30min, com temperatura beirando 40ºC e com sol brilhando com toda sua exuberância e calor, três postes literalmente desabaram ao chão. Felizmente não houve feridos nem danos a veículos, pois no momento as ruas estavam desertas devido à temperatura escaldante.

Num primeiro momento o Corpo de Bombeiros esteve no local, e duas horas mais tarde uma equipe de técnicos enviados pela AES – iniciou os trabalhos que seguiram até as 6h da manhã da quarta-feira. O Bairro que ficou literalmente às escuras por 12 horas.

Cabe salientar o esforço da equipe de técnicos da empresa que trabalhou exaustivamente para fazer os reparos necessários na rede elétrica. Porém já está mais do que na hora da AES – Sul realizar um trabalho de monitoramento dos postes de madeira que em grande parte estão podres e caindo em nossas cabeças...

Texto e fotos – Airton Engster dos Santos


















Temperatura histórica no Verão de 2014 afetam o Rio Taquari




Na quinta-feira, dia 6 de fevereiro de 2014, os termômetros chegaram a registrar temperatura de  41 ºC em Estrela-RS. 

A forte onda de calor que se abate sobre a região sul do Brasil, vem apontando temperaturas históricas.

O fenômeno climático causou  alguns vendavais com queda de postes e árvores com falta de energia elétrica no Vale do Taquari. Até o momento não houve falta de água.

As águas do Rio Taquari apresentam temperaturas altas em média de 31 ºC. As condições ambientais são aceitáveis, e não se verifica ainda a proliferação de algas também conhecida como eutrofização. 

Segundo ambientalistas da Aepan-ONG, o fato se deve a boa precipitação pluviométrica, dentro da média, ocorrida em janeiro de 2014 de 150 mm conforme dados do pluviômetro Defesa Civil localizado no Centro de Estrela.

Até o momento o nível das águas (cota) está dentro da normalidade. 

Porém a Aepan-ONG intensificou os trabalhos de monitoramento do Rio levando em consideração que altas temperaturas e luminosidade causam grande stress para vida aquática. Qualquer anormalidade constatada será imediatamente acionada as autoridades competentes.

Pelo Estado:

Em Porto Alegre atingiu a temperatura histórica de 40,5ºC — a mais alta desde o verão de 1943, quando os termômetros registraram 40,7ºC.

A marca tornou o dia mais quente dos último 71 anos _ a série histórica que começou a ser medida em 1916.

O dado foi registrada às 17h do dia 6 de fevereiro, na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no Jardim Botânico. Tanto calor é provocado por uma situação de bloqueio atmosférico. 

Texto e Fotos - Airton Engster dos Santos

Verão de 2014 - Tão quente só em 1953 segundo Diário de Notícias da época


As agruras de um verão tão quente quanto poucos anteriores geravam uma frequência fora do comum nos balneários do Guaíba.

Maillots de variadas matizes eram ostentados por elegantes jovens em busca de refresco para o "calor senegalesco" que se fazia sentir nestas paragens.

Assim o jornal Diário de Notícias descrevia os "week-ends" daquele janeiro de 1953, "por certo o mais abrasador desta época do ano". E era mesmo. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desde 1916 apontavam janeiro de 1953 como o mais quente de todos, com média de temperaturas máximas de 32,7ºC. O recorde foi quebrado agora, em 2014, com média de 33,1ºC.

Folheando as páginas amareladas dos arquivos do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa em busca do relato jornalístico do último calorão histórico da Capital, deparamos com notícias sobre uma Alemanha ainda dividida em duas, e um terrível surto de gripe que causava centenas de mortes nos Estados Unidos, enquanto no Brasil o governo Vargas enfrentava uma profunda crise com inflação em alta e greves fervilhando. Na cobertura local, os confrontos do campeonato estadual de futebol, com destaque para os clubes do interior, os bons resultados da produção rural gaúcha, além de relatos de arrombamentos e "contos do bilhete" no plantão policial.

Anúncios de maillots se destacavam ao lado de canetas-tinteiro, rádios de mesa e outros produtos fora de linha há tempos. As temperaturas recordes ganhavam espaço no noticiário com textos até bem-humorados e, claro, fotos de mulheres bonitas. "Quem estivesse observando o termômetro logo ficaria assombrado de ver o mercúrio subindo implacavelmente", dizia uma nota publicada em 21 de janeiro de 1953.

Se em 2014 as fotos do governador Tarso Genro de sunga em Capão da Canoa viraram meme na internet, em 1953 o então governador Ernesto Dorneles foi fotografado de calção nas areias de Tôrres (com acento, na grafia da época) ao lado do presidente do Legislativo Vitor Graeff e do chefe do poder cultural Eliseu Paglioli, no que foi chamado pelo jornal de "banho dos três poderes".

Enquanto isso, a facilidade do acesso barato e rápido à beira do Guaíba proporcionava ao "porto-alegrense menos afortunado o saudável prazer de se por em contato com a natureza", conforme coluna publicada em 17 de janeiro de 1953. Em tom opinativo, o texto apontava para problemas da época — alguns até hoje sem solução, contrariando a torcida no fecho do texto: "É verdade que as praias do Guaíba carecem de conforto e deixam muito a desejar, mas para opor a essas deficiências lamentáveis temos o bom-humor do porto-alegrense, que enfrenta, com espírito jovial e desportividade, a tragédia do transporte nos irritantes ônibus da Prefeitura, e a ausência de um serviço de bar organizado. Mas um dia a coisa vai melhorar!".

Desde aquela Porto Alegre de 61 anos atrás, quase tão abrasante quanto a Capital de agora, as praias do Guaíba deixaram de ser refúgio, já que a maioria hoje está imprópria para banho. Onde o banho ainda é possível, há pouca estrutura. 

Matéria Zero Hora - 1º de fevereiro de 2014